
Há duas vidas, uma escrita à caneta e outra à lápis
Uma vista a outra não
Na vida a lápis existem os sonhos, os grandes amores,
as lembranças perfeitas, as alegrias não tidas, os desejos avessos,
em fim as loucuras mais obscuras.
E tem suas vantagens se for necessário num passar de borracha
apaga-se um minuto, um tempo e uma vida e faz-se outra à lápis
no lugar, sem nem pensar na consequência afinal não
existem limites para escrever e apagar.
Na vida à caneta existem as realizações, as consequências
os amores imperfeitos
A matemática perfeita da ação e reação, é tudo mais forte,
tanto o feio quanto o belo, amor e ódio são irmãos amigos.
Ao contrário da vida feita à lápis, não se apaga
por enquanto só se esconde
O que se se escreve fica para sempre escrito,
pode até ser o mal feito, refeito
Mas o rascunho pra sempre nos incrimina
Uma vida se chama consciente a outra é paciente,
Vai que um dia tua coragem passa a vida feita a lápis inteirinha de caneta
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