segunda-feira, 23 de agosto de 2010

considerações sobre o fim do relacionamento.


Hoje, alguns meses após ter escrito esta carta, como uma declaração do grande ponto final que coloquei em nossa relação, analisando minhas próprias palavras, gostaria de confirmar que realmente, desta vez, finalmente, chegou o fim...gostaria de fazer algumas considerações;
A – Não me sinto culpada em me sentir feliz.
B- Não me sinto culpada por ter agido tão conscientemente, por ter realmente premeditado o término, e ficar bolando táticas de como chegar ao fim...
C- Além de não me sentir culpada, me sinto aliviada por não estar mais com ele...essa palavra descreve bem....alivio de não tê-lo do meu lado.
D- Quando não havia o silêncio diante da Tv, com programas que não prendiam minha atenção, que podem ser chamados de individuais, e másculos, e quando não eram filmes repetidos, com uma lista extensa de filmes bons e novos para assistir, (ou seja, só a vontade dele era o que realmente importava pra ele, e eu, o permitia que assim fosse...ou quando tentava impor minha vontade...me sentia falando com as paredes, jogando palavras ao vento, desperdiçando o meu tempo...a minha voz...)... era eu entrando em seu carro cheia de vida e alegria e ele me dizendo “vc é feliz demais... a vida não é uma festa”... ou seja, ele odiava minha vontade de viver, a minha alegria... todas as coisas boas que eu gostaria de trocar com o mundo...tirar de dentro de mim, e receber... e também todo o meu otimismo e o meu silêncio e indiferença em relação a negatividade e reclamações. Nós nos odiávamos, essa é a grande realidade... e eu percebi que não haviam laços sanguíneos que me obrigavam a suportar, muito menos empregatícios. E assim, passei a bola aos familiares, e aos devidos profissionais, e mesmo assim eu disse “Você vai acabar perdendo a minha ajuda”. Por isso não me sinto culpada, não larguei ele dentro de um lugar vazio, no fim do mundo, sem ninguém a sua volta, na pior. Eu expus o caso, me assegurei de que seria resolvido, de que ele teria apoio, e depois tentei passar a minha experiência de vida, que foi rejeitada... e olha que nunca disse palavras tão sábias, tão resumidamente, e com tanta simplicidade. E depois verifiquei a possibilidade de nos fazermos bem, e de sermos felizes. Ela foi mais uma vez negativa. Tratei de tudo com uma perspicácia que eu nunca julguei ter. Acho que devo isso aos remédios, que me ajudam a tirar a ansiedade, e dissipar os pensamentos confusos, colocá-los em forma de conflito, e assim resolvê-los.
E- Não me lembro mais que ele existe, a não ser quando ele de repente surge na minha frente em umas de suas perseguições, na rua, ou no meu trabalho... ou quando me liga com uma de suas ameaças. Não me lembro dele em nenhum outro momento... achei que fosse ficar lembrando de momentos dele, ou com saudade, ou sentir falta dele...mas isso não acontece... tenho tido muitos pesadelos com ele, onde vou atrás de coisas minhas que ficaram para trás, e assim entro numa grande armadilha, e acontecem coisas ruins, e em alguns pesadelos perco minha vida. Essas são as lembranças que me atormentam, ele invade o meu sono com energias negativas e mensagens de suas intenções maldosas.

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